Hoje, quando um novo mundo se gera nas cinzas daquele que temos conhecido, a União Europeia está numa encruzilhada. Neste momento, duas tendências lutam pelo coração e a mente dos europeus: uma expressa-se como um “não” e quer conservar este modelo social e político cujo valor central é o dinheiro e cuja metodologia de acção é a violência (física, económica, racial, religiosa, sexual e psicológica); a outra exprime-se como um “sim” e busca abrir um futuro em que o valor central seja o ser humano e a metodologia de acção seja a não-violência.
O sim dos povos europeus rejeita os falsos confrontos, a competição e o dirigismo, apostando numa Europa que se inventa a si própria como uma federação de Estados nacionais, baseada na subsidiariedade, na cooperação, na democracia e no respeito pelos direitos humanos.
O sim dos povos europeus repudia todas as formas de discriminação económica, racial, religiosa e sexual, cujo método de acção é a violência, afectando particularmente os imigrantes e outras minorias sociais.
O sim dos povos europeus não aceita a especulação e a usura que desembocaram na crise actual e pugna por modelos empresariais que partilhem o poder de decisão entre capital e trabalho e por uma banca que financie o sector produtivo como um parceiro.
O sim dos povos europeus aspira ao desarmamento nuclear universal e à rejeição da guerra como meio de resolução de conflitos, criando condições para a paz e a cooperação entre os diversos povos e regiões do mundo.
Os humanistas estão do lado deste sim, apostando pelo futuro aberto e diferente, pelo novo e enriquecedor, por uma nova civilização humana que se baseie na regra de ouro da ética: trata os outros como queres ser tratado.
Continuar a ler Programa eleitoral – europeias 2009 →