O despertar da revolução não-violenta

Eleições legislativas 2011 – vídeos, atividades e notícias de campanha

Alguns candidatos em campanha no PortoFalamos de uma revolução Não-Violenta, de cariz universal; de uma nova sensibilidade que nasce das aspirações mais profundas do Ser Humano. Falamos de uma nova mística social, em que cada um é um rebelde transformador do mundo em direcção a uma Nação Humana Universal.

Programa eleitoral

No cenário político, económico e social actual, as prioridades governativas devem ser:

I. Mais democracia

Passar da democracia formal actual para uma autêntica democracia participativa

+ Representatividade e participação

  • Implementação e generalização do voto electrónico, facilitando as consultas populares e permitindo aos eleitores votar em qualquer ponto do país, independentemente do lugar onde se está recenseado.
  • Criação de mecanismos legais de responsabilização política para os casos de incumprimento de programas eleitorais, designadamente através da instituição da moção de censura popular referendária (Lei de Responsabilidade Política).
  • Reforma do sistema eleitoral, abrindo a possibilidade de candidaturas de listas de cidadãos independentes à Assembleia da República e criando um círculo eleitoral único, a par dos círculos distritais, para eleição de metade dos deputados.
  • Revisão das leis do referendo nacional e local, facilitando a sua convocação por iniciativa popular, quer quanto ao número de assinaturas necessárias para o efeito quer quanto à obrigatoriedade da sua realização, desde que satisfeitos os requisitos legais.
  • Reforma das instituições europeias: eleição directa da Comissão Europeia em listas plurinacionais e definição do voto nacional no Conselho Europeu e Conselho de Ministros por co-decisão do Governo e Parlamento.
  • Obrigatoriedade de formação do Governo com eleitos nas listas de deputados à Assembleia da República.

+ Respeito pelas minorias

  • Concessão de direitos políticos a imigrantes, nomeadamente para participação em eleições legislativas.
  • Divisão administrativa do país em cinco regiões, eliminação dos governos civis e descentralização de poderes para as regiões e para as autarquias locais.

II. Mais economia solidária

Mudar o paradigma actual de uma economia competitiva para uma economia cooperativa e sustentável; e de uma economia financeira para uma economia produtiva.

  • Empresas participadas no capital e na gestão pelos trabalhadores a par com os investidores, incentivando o reinvestimento produtivo e a criação e manutenção do emprego.
  • Reforma do sistema bancário, com o objectivo de abolir as práticas usurárias (cobrança de juros remuneratórios) e apoiar as actividades produtivas, começando pela banca pública. Os bancos devem cobrar comissões fixas pelos serviços prestados, mas não juros sobre os empréstimos, e o seu rendimento deve provir de operações de capital de risco, em que o banco participa como accionista das empresas.
  • Auditoria às contas públicas para apuramento da origem do défice e responsabilização pessoal por actos de má gestão, com imposição de moratória enquanto o processo de auditoria decorre.
  • Renegociação da dívida externa quanto a prazos e taxas de juro, protegendo a satisfação dos direitos fundamentais dos cidadãos.
  • Renegociação do acordo de ajuda externa realizado entre o governo, FMI, BCE e Comissão Europeia, rejeitando as medidas que atingem os direitos fundamentais (tais como: cortes na saúde e educação e flexibilização do mercado de trabalho), as privatizações das empresas EDP, REN e TAP e o apoio aos bancos portugueses
  • Regulação do mercado obrigacionista internacional de modo a proteger os Estados da especulação usurária.
  • Promover as energias renováveis; impulsionar a redução, a reciclagem e a reutilização de resíduos; zelar pela protecção de reservas agrícolas e florestais; incentivar o transporte público.
  • Defender a gestão pública da água como um bem colectivo e inalienável.
  • Eliminar os falsos recibos verdes com mais fiscalização.

III. Mais direitos humanos e não-violência

Igualdade de direitos e oportunidades e eliminação de todas as formas de violência sobre o ser humano (física, económica, racial, religiosa, sexual, psicológica, etc.).

  • Satisfação do direito à saúde e à educação por parte dos poderes públicos, através de sistemas universais, gratuitos e de qualidade.
  • Implementação de uma educação integral (ou seja, apoiar o desenvolvimento motriz, emotivo e intelectual das pessoas) para promover a autonomia, a cooperação, o espírito crítico e a capacidade de transformação.
  • Gestão democrática e participada das instituições públicas de ensino (participação de docentes, funcionários e estudantes) e de saúde (participação de profissionais de saúde e utentes).
  • Incorporação das medicinas alternativas no Sistema Nacional de Saúde.
  • Criar mecanismos de controlo para evitar o abuso de psicofármacos em crianças e jovens.
  • Assegurar o direito à segurança social em situação de pobreza, desemprego, doença e velhice, garantindo um nível de vida digno e a inserção social e/ou laboral dos beneficiários.
  • Acesso facilitado à habitação condigna através de mais incentivos à recuperação de habitação devoluta e apoiar a formação de cooperativas habitacionais.
  • Eliminação da restrição à adopção por parte de casais do mesmo sexo.
  • Concessão de vistos de residência a todos os imigrantes em situação ilegal ou que entrem no país e encerrar os centros de detenção temporária de imigrantes em Portugal.
  • Saída de Portugal da NATO, cessação da participação portuguesa nos conflitos armados do Afeganistão e adopção de um papel dialogante e pacificador nos fóruns e organismos internacionais.

Candidatos

Círculo eleitoral Cabeça de Lista Profissão Idade
Porto Maria Vitor Mota Empresária 32
Lisboa Manuela Magno Professora Universitária 57
Évora Filipe Braga Professor 45
Beja Natacha Mota Tradutora 36
Braganca Alice Ribeiro Técnica Superior de Gestão Universitária 41
Portalegre Manuel Afonso Informático 40
Fora da Europa Wendy Ferreira Assistente Social 31

Resultados

O PH obteve 3.588 votos.

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