1ª Marcha do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero do Porto

O Partido Humanista colabora com a organização da 1ª Marcha de Orgulho LGBT, que tem como tema Direitos Humanos – um presente sem violência, um futuro sem diferença

Este evento está a ser organizado por um conjunto de associações que luta pela igualdade de direitos para as pessoas que têm uma orientação sexual diferente daquilo que é formalmente tido como a sexualidade-padrão.

Os direitos que a comunidade LGBT procura atingir não são diferentes dos Direitos Humanos que se exigem para todas as pessoas. O PH entende que é necessário reivindicar a existência de direitos iguais, mas também trabalhar para que haja idênticas oportunidades, a começar pela oportunidade de cada um viver a sua sexualidade livre e abertamente.

Participar na marcha de 8 de Julho é valorizar a diversidade, um ingrediente fundamental para construir uma Nação Humana Universal!

Direito ao casamento e à adopção. Educação sexual.

O casamento é uma instituição muito antiga. No entanto, o conceito de quantos indivíduos e de que género o devem constituir é muito diverso nas diferentes culturas. Não deve haver qualquer tipo de discriminação nas leis civis que regulam os diversos tipos de união, nem no acesso a benefícios por parte dos intervenientes.

Não existe nenhum motivo para excluir os casais do mesmo sexo como potenciais pais e mães adoptivos. Os seus pedidos devem ser avaliados segundo os mesmos critérios usados para as restantes situações. Devemos reconstruir o conceito de “família” para nele incluir qualquer união de pessoas capazes de dar apoio, cuidados e amor, e que desejem assim criar uma criança.

Os temas LGBT são importantes para a educação sexual. Assim como se fomenta a educação multi-cultural, seria adequado fomentar uma maior riqueza na compreensão dos diferentes aspectos da sexualidade humana, prevenindo a perseguição e discriminação, para com os outros e para consigo mesmo.

O caminho a seguir

A luta para terminar com a discriminação baseada na orientação sexual é difícil, não bastando modificar as leis injustas; implica mudar a atitude popular sobre a homossexualidade.

Aqui distinguem-se, pelo menos, dois caminhos a seguir. Por um lado, não questionar a direcção do sistema actual, limitando as reivindicações aos aspectos que afectam a comunidade LGBT. Outra opção, será perspectivar a acção e estas aspirações dentro de uma proposta de mudança global.
A primeira hipótese aparenta ser mais fácil, uma vez que o sistema neo-liberal admite a discussão de qualquer tema parcial, desde que não se ponha em causa o modelo como um todo e não se prejudiquem os bons negócios.

No entanto, a segunda alternativa, que consiste em denunciar esta forma de discriminação e de violência em conjunto com todas as outras (física, económica, racial, religiosa, psicológica, etc.), é a mais coerente com o princípio “trata os outros como queres que te tratem”. De resto, não se trata apenas de lutar por um modelo social mais livre, mais justo, mais solidário, mas também de encontrar nessa proposta um sentido válido para a nossa existência.

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