O Partido Humanista Internacional manifesta o seu enérgico repúdio ao criminoso ataque das forças especiais israelitas contra a “Frota da Liberdade”, que levava ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza, provocando a morte a cerca de 20 pessoas e mais de 30 feridos entre os civis que tripulavam os barcos.
Instamos a que toda a comunidade internacional e as Nações Unidas, em sua representação, se manifeste com determinação. Não são suficientes os “pedidos de investigação sobre os factos”, ou a “preocupação com o uso desmedido da força”, com os quais vários governos da Europa e os Estados Unidos pretenderam dar uma resposta diplomática a semelhante facto. Porque não se pode justificar o desenlace final do ataque sobre civis, como também não se pode justificar o bloqueio e a ocupação que estão na raiz deste acto criminoso. Também não se pode falar de uso desmedido da força, dando a entender que poderia existir um uso medido ou razoável da força, em relação a esta situação.
Israel tem vindo a não cumprir sistematicamente as diversas resoluções das Nações Unidas e, em particular, a resolução 1860 que obriga o país a terminar com o bloqueio desumano à Faixa de Gaza e permitir a livre entrada de ajuda humanitária. Desta forma, não se pode pretender explicar este crime como um erro, ou como um excesso no cumprimento de controlos que, por si só, são totalmente ilegais e arbitrários, e fundamentalmente desumanos, tendo em conta a situação extrema em que vive a população palestiniana nesse lugar.
Os Humanistas já haviam denunciado a última invasão, em 2009, da Faixa de Gaza, reinvindicando o direito que tem tanto o povo judeu como o povo palestiniano a poder ter o seu próprio território. Afirmamos que a existência das duas nações com o seu próprio território soberano será a solução para terminar tanto com os atropelos do exército israelita como com os actos crminosos do terrorismo.
Os Humanistas também afirmaram, na nossa recente Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência, que é prioridade o desarmamento nuclear, a redução do armamento convencional, e a retirada de tropas invasoras dos territórios invadidos, para poder avançar com a paz no mundo. Porque é necessário terminar com a hipocrisia desta ordem internacional na qual vários países estão obrigados a cumprir as resoluções das Nações Unidas, enquanto outras potências militares parecem ter direito a ignorar as mesmas.