Protesto internacional pela Nação Mapuche

O Partido Humanista Internacional organizou uma mobilização a nível mundial para apoiar a comunidade Mapuche no Chile, que tem sido alvo de uma repressão violenta por parte do governo chileno. 

Actualmente há 34 presos políticos em greve de fome, incluindo crianças e jovens.

Imagem da manifestação

Apesar das recomendações da ONU, que desde 2003 alerta para a violação dos “direitos humanos, culturais e económicos” dos índios mapuche, as mobilizações destes continuam a ser reprimidas e os mapuche julgados através da Lei Anti-terrorista, promulgada pela ditadura de Pinochet. Os presos não estão submetidos a um processo digno, porque se utilizam testemunhos sem rosto e muitos deles são julgados simultaneamente pela justiça civil e militar, as crianças mapuche continuam a ser violentadas por forças policiais do estado chileno e a sombra da tortura aparece novamente nas prisões chilenas.
O povo mapuche luta pela devolução dos seus territórios, que foi usurpado sistematicamente durante séculos.
Recentemente, o novo relator das Nações Unidas, James Anaya, entre muitas outras recomendações, sublinha que várias leis chilenas “favorecem a apropriação, por empresas privadas, de água, recursos minerais e fontes geotérmicas, com efeitos negativos sobre o uso das terras tradicionais de grupos indígenas aymara, quechua, atacameño ou lickanantay, mapuche, colla e diaguita”.
Representantes do PH chileno foram proibidos de visitar os presos políticos na cadeia de Concepción, mas os protestos em Santiago do Chile e junto às embaixadas chilenas decorrerão ao longo do dia 13 de Setembro e pretendem obrigar o governo chileno a tomar uma posição urgente, pondo fim à prisão política, à violência policial e à tortura do povo mapuche.
O Partido Humanista português enviou hoje a seguinte carta ao embaixador Fernando Ayala, juntando-se assim a países como a Espanha, Itália, França, Brasil, Argentina, México, Índia, Perú, entre muitos outros.

Carta ao embaixador do Chile

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