De que Revolução falamos?

A manifestação de 12 de Março foi sem dúvida um marco histórico para Portugal. Saíram à rua 300 mil pessoas, unidas por um sentimento de indignação face à situação económica, política e social que se vive.

Foi uma manifestação forte, alegre e sem violência de portugueses e imigrantes, que expressou uma necessidade de mudança. A diversidade de idades, ideias e propostas marcou esta mobilização, que teve como mote o descontentamento pelas condições precárias de trabalho que sofrem os jovens.

O Partido Humanista apoiou e participou no protesto “Geração à Rasca” e espera que este seja apenas o início de uma Revolução Não-Violenta.

Humanistas no Porto

Humanistas em Lisboa

Falamos de uma revolução social que mude drasticamente as condições de vida do povo, de uma revolução política que modifique a estrutura do poder e, em suma, de uma revolução humana que crie os seus próprios paradigmas em substituição dos decadentes valores actuais.

A nível político, tal revolução implica:

A apropriação da banca

Se o capital se vai transferindo para a banca e esta se vai apoderando das empresas, dos países, das regiões e do mundo, a revolução implica: a apropriação da banca, de tal maneira que esta cumpra a prestação do seu serviço sem cobrar em troca juros, que em si mesmos são usurários.

Gestão e decisão partilhadas pelo trabalho e o capital

Se numa empresa o capital recebe lucros e o trabalhador salário, e se a gestão e a decisão estão nas mãos do capital, a revolução implica: que o lucro se reinvista ou se utilize na criação de novas fontes de trabalho e que a gestão e decisão sejam partilhadas pelo trabalho e o capital, evitando a exploração, a precariedade e o desemprego.

A descentralização do poder

Se as regiões ou províncias de um país estão atadas à decisão central, a revolução implica: a desestruturação desse poder, de maneira que as entidades regionais conformem uma república federativa e que o poder dessas regiões seja descentralizado a favor da base municipal.

Educação e saúde gratuitas para todos

Se a saúde e a educação são tratadas de modo desigual para os habitantes de um país, a revolução implica: educação e saúde gratuitas para todos, porque esses são os dois valores máximos da revolução e eles deverão substituir o paradigma da sociedade actual determinado pela riqueza e pelo poder.

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